Mongaguá: Polícia prende suspeito de participar de facção criminosa
segunda-feira, 5 de agosto de 2013A Polícia Civil prendeu mais um suspeito de participar da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas neste domingo (4), em Mongaguá, no Litoral Sul de São Paulo. A prisão faz parte da megaoperação que começou na manhã de sexta-feira (2). O suspeito foi levado para São Bernardo do Campo, no ABC.
Segundo a polícia, ele foi preso em um Pronto-Socorro de Mongaguá. As investigações apontaram que ele era o elo entre os chefes da facção criminosa e o restante da quadrilha que atuava na região do ABC. Segundo os policiais, o traficante era responsável pela arrecadação de dinheiro e distribuição de drogas.
Em uma conversa gravada com autorização da Justiça, o criminoso chama a atenção de um outro criminoso. “Pega alguém, porque se não vou ter que por alguém no seu lugar. Você não tá conseguindo suprir a caminhada, entendeu?”, diz o suspeito na gravação.
A ação da Polícia Civil tenta desarticular a parte financeira da facção criminosa. Armas, drogas, carros importados e computadores foram apreendidos em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Cerca de 30 investigados pela polícia foram presos em São Bernardo do Campo, Diadema, Santo André e Mauá, no ABC. Houve detenção de um suspeito na Praia Grande.
Segundo a polícia, o dinheiro da quadrilha vem de sequestros e tráfico de drogas. As investigações mostram que a droga sai da Bolívia e do Paraguai e chega a São Bernardo do Campo. Depois, o entorpecente é distribuído para mais de 1,5 mil pontos.
Um dos pontos mais importantes da investigação revelou que um dos chefes da quadrilha, que está na Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, comandava as ações do grupo usando um telefone celular.
A administração da penitenciária afirmou que faz revistas nas celas e nos presos diariamente. Segundo a administração, este ano já foram encontrados sete celulares no presídio e oito com os visitantes. A Secretaria da Administração Penitenciária informou que fez testes com equipamentos de bloqueio de celulares.
Fonte: G1