Buracos e desníveis deixados como rastros do Programa Onda Limpa, em Mongaguá, levaram a Prefeitura a embargar as obras realizadas pela Sabesp na Cidade. Os trabalhos somente deverão ser retomados depois que a estatal recuperar todas as vias prejudicadas.

De acordo com diretor de Serviços Externos, Tenisson Azevedo Júnior, a empresa se comprometeu a entregar, até a próxima quarta-feira, um cronograma de recuperação do viário atingido. Levantamento feito pela Prefeitura de Mongaguá aponta 62 vias, entre ruas e avenidas, danificadas após as obras do Onda Limpa.

Ainda segundo a Administração, as áreas que estão recebendo as intervenções não são isoladas adequadamente, o que faz com que resíduos extraídos do solo se espalhem pelo entorno, acumulando material e sujeira por todo lado.

A paralisação dos trabalhos ocorreu por meio de um documento chamado ementa de suspensão do Alvará de Licença e Embargo de Obras. A medida visa,  especificamente, as obras que vêm sendo realizadas pelo consórcio Jofege/Enotec.

O documento foi entregue pelo chefe do Departamento de Fiscalização, Luciano Marin Lopes, no início da tarde de ontem, ao engenheiro da Sabesp em Mongaguá, Joaquim Gusmão Roman.

Conforme o embargo, “novas intervenções só poderão ocorrer após a conclusão dos serviços de repavimentação, calçamento das ruas, nivelamento dos poços de visitas, solução dos problemas das ligações clandestinas na rede coletora de esgoto, ainda não conectada à estação de tratamento; e esclarecimentos a respeito da destinação final das sobras de materiais retirados das escavações (solo), com a concomitante apresentação de um cronograma aceitável das referidas obras e serviços”.

Estão a salvo do embargo e poderão ter prosseguimento os serviços que vêm sendo realizados pela empresa Comim. No entanto, segundo consta na ementa, os trabalhos poderão ser feitos desde que a empresa esclareça a destinação das sobras de materiais retirados das escavações.

Fonte: Jornal A Tribuna