Sessões da Câmara de Mongaguá continuam fechadas para a população
quinta-feira, 23 de maio de 2013Moradores da cidade de Mongaguá, no litoral de São Paulo, fizeram uma manifestação, nesta segunda-feira (20), na porta da Câmara de Vereadores de Mongaguá. O prédio continua interditado para a população, que fica impedida de acompanhar as sessões da Câmara. Das 180 cadeiras, apenas 18 podem ser ocupadas.
Mesmo em dia de sessão, o plenário fica vazio. A Câmara está com as portas praticamente fechadas à população. A interdição determinada pela Defesa Civil continua pendurada na porta de entrada. A população reclama da situação. “Nós estamos impedidos do nosso direito de acompanhar. Nós precisamos saber as propostas de leis no nosso município. Nós estamos sendo manipulados. Isso está fechado sem justificativa”, reclama a professora Luciana de Andrade.
A interdição já aconteceu há três meses e, até agora nenhum sinal da reforma exigida pela Defesa Civil. Segundo o vereador Renato Donato (PSB), já foi pedida a mudança na cidade de Mongaguá para as sessões. “Fiz uma solicitação ao presidente da Câmara para que nós fizessemos as sessões em outros lugares. Sugeri o centro cultural. Até agora não tivemos nenhum resposta e continuamos trabalhando aqui com apenas oito pessoas”, explica o vereador.
Há um mês, em entrevista na Câmara para saber o motivo de tanta demora, o presidente da Câmara, Antônio Eduardo dos Santos, deu uma explicação. “Eu contratei a empresa, que fez o projeto e encaminhou ao bombeiro, para que este desse o laudo. Mas, até agora não foi providenciado o laudo do bombeiro”, afirmou anteriormente.
Em abril deste ano, o Corpo de Bombeiros de Mongaguá informou que não recebeu o projeto de proteção contra incêndio ou qualquer documentação para análise e vistoria do prédio da Câmara dos vereadores da cidade, interditado pela Defesa Civil.
A alegação do presidente da Câmara, vereador Antônio Eduardo dos Santos, para a obra ainda não ter começado, é que o projeto estaria parado no Corpo de Bombeiros. O local não tem laudo de vistoria dos bombeiros e precisa de saída de emergência com barra anti-pânico, sinalização de rota de fuga e de um brigadista no plenário. Nesta segunda-feira (20), um mês depois da última matéria, a equipe de reportagem tentou falar com o presidente, mas desta vez ele não recebeu a equipe.
Fonte: G1